sábado, 6 de dezembro de 2025

just want it what I gave you,

Torna-se cruel perceber o quão insuficiente sou para ti. Eu dou e dou; eu dou e dói.

Pedes-me sempre mais. Nesta constante prova de algo, é-me cada vez mais impossível chegar aos teus elevados parâmetros. Mesmo assim, buscando forças a sítios desconhecidos, eu tento e continuo a tentar – numa espiral suicida que me esgota a todos os níveis e que me demonstra a grotesca falta de amor-próprio que sinto por mim mesmo.

Esgotado. Sugado. Sem forças

Mais e mais. Mas eu não tenho mais. Sou só isto. E tudo o que sou, é teu. E o pouco que sou, também o é. Sempre pouco. Mesmo quando dou tudo.

Envergonhado, acabo por não querer mais isto. Afinal, que mais formas há para provar que te mereço? É-me impossível. Mais para ti, menos para mim. Resta tão pouco que deixei de ser eu mesmo.

Penso em fugir, mas estaria apenas a contar horas para regressar ao teu controlo.

É sempre assim:

Eu, totalmente teu.

Tu, sempre em primeiro lugar.

De mim? Não resta nada.