Queria ser mais que um lugar à mesa.
Na
tua mesa, isto é.
Ao
teu lado ou não, tanto faz.
Aquecer
uma cadeira de madeira qualquer, ao som de gargalhadas reconfortantes, pela luz
de olhares íntimos, confortavelmente confortáveis no calor aconchegante do que somos.
Fomos.
Fomos! Não me posso esquecer – não somos nada; não sou de ninguém.
Mas,
mesmo assim, eu queria. Queria ser mais que um lugar à mesa. Queria mesmo, quando,
na verdade, nem sou aquele pedaço mastigado que cuspiste e deixaste no canto do
prato.
No
canto daquele prato lascado.
Lascado
como eu.
Sem
estar totalmente partido, mas irremediavelmente danificado.
A
cair aos pedaços.
Sem
mesa.
Sem
prato.
Sem
nada.