Volta e meia, apareces.
Como se te tivesses enganado na
rua e tivesses ido parar à minha casa. Por engano. Apareces e pronto. Aqui e
ali. Ironicamente, agora que não quero, tu apareces.
Fizeste-me bem, admito, em
tempos, muito até, mas agora não é assim e dou por mim a pensar que não te
quero mais. De forma alguma.
Quero que fiques no teu cantinho,
na tua vida, seja ela qual for, e que a vivas da melhor forma possível – mesmo que,
por vezes, me questione se ainda tentas agradar todas as pessoas que não te
querem, porque faltaste a uma ou duas consultas de terapia, para resolver os
traumas infantis que te assombram –, mas longe de mim.
Sempre fomos um “quase”.
E agora, nada mudou.
Quase que te quero aqui;
Quase que te foste embora.
Vai, de vez.
Eu já fui.