Como que um sentimento adolescente, vi-te chegar e deixei-te ficar. Um furacão que não destrói; que permite gravitar. Tão diferente de tudo o que tinha conhecido antes. Caos controlado com o seu quê de descontrolo, quente e reconfortante.
Vi-te chegar, aliás, quis que chegasses.
A surpresa foi ter-te deixado ficar.
Agora tenho receio que vás embora;
que gravites para outro lado. E pouco posso fazer para o impedir. A liberdade
que habita em ti é indomável, barafustando quando amarrada à rotina do
quotidiano, verbalizando ideias de “tem de ser mais que isto”.
É mais que isto, na verdade.
Queria que ficasses.
Mas quem sou eu para te pedir isso? Ninguém.