sexta-feira, 30 de maio de 2025

undressed.

Como que um sentimento adolescente, vi-te chegar e deixei-te ficar. Um furacão que não destrói; que permite gravitar. Tão diferente de tudo o que tinha conhecido antes. Caos controlado com o seu quê de descontrolo, quente e reconfortante.

Vi-te chegar, aliás, quis que chegasses. A surpresa foi ter-te deixado ficar.

Agora tenho receio que vás embora; que gravites para outro lado. E pouco posso fazer para o impedir. A liberdade que habita em ti é indomável, barafustando quando amarrada à rotina do quotidiano, verbalizando ideias de “tem de ser mais que isto”.

É mais que isto, na verdade.

Queria que ficasses.

Mas quem sou eu para te pedir isso? Ninguém.