Há quanto tempo não te vejo?
Não
menti quando te disse que me doía o peito.
Mostrei-me
as minhas saudades. Tu escolheste não as ver, mas aqui estão elas. Tatuadas em
mim, linha por linha, presas no que sou.
Na
pele de verão;
No
cabelo de sol;
No
corpo de insegurança;
Nos
olhos de tristeza.
Dói
mesmo.
Um
oceano de distância, onda a onda, arrastando-nos para longe. Mas tu pouco
queres saber. Não queres de todo.
A
brisa de setembro afasta o calor e agora, o teu frio nunca esteve tão presente.
Há
quanto tempo é que este verão já não é o nosso?