Tudo o que escrevo, cada palavra, é um desperdício de talento que finjo ter. O meu bloco de notas, manchado e metafórico, encontra-se cheio de potencial que nunca irei alcançar. Acabo por ficar aquém do que esperam de mim.
Pelo meio, ao longo dos tempos, muito
ouvi dizer sobre a minha escrita. Empurrando-me para aqui e para ali, fui
escrevinhando palavras que, por vezes, senti e quase cheguei a acreditar que
elas teriam um qualquer impacto.
Não têm. E eu tentei dizer-lhes. Alguém
lhes mentiu.
As minhas palavras não chegam. Eu
sou só isto, e também não chega.
A minha síndrome de impostor é
mais que eu…