quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

imposter

Tudo o que escrevo, cada palavra, é um desperdício de talento que finjo ter. O meu bloco de notas, manchado e metafórico, encontra-se cheio de potencial que nunca irei alcançar. Acabo por ficar aquém do que esperam de mim.

Pelo meio, ao longo dos tempos, muito ouvi dizer sobre a minha escrita. Empurrando-me para aqui e para ali, fui escrevinhando palavras que, por vezes, senti e quase cheguei a acreditar que elas teriam um qualquer impacto.

Não têm. E eu tentei dizer-lhes. Alguém lhes mentiu.

As minhas palavras não chegam. Eu sou só isto, e também não chega.

A minha síndrome de impostor é mais que eu…