Uma, duas e uma outra vez. Tento e tento.
Não me apercebi onde errei mas
sei que estou a pagar por algo. Um castigo trémulo, marcado em silêncio e
ausência, que me foi impingido sem que me tenha apercebido. Não somos perfeitos
mas como podemos ultrapassar isto?
Uma, duas e uma outra vez. Tento
e tento. E tu também. Mas as minhas vontades não são vontades, são sinais
vermelhos de um código que ainda não aprendi. E tu travas-me. Preso em ti sem
saber de ti.
Sinto que não sei melhor que
isto, sinto que sentir é isto – medo de um amor que dói. E dói onde não devia,
de forma errada. Dói como um déjà vu que me diz que o erro sou eu, que sou
cúmplice destes padrões que eu próprio crio.
O pior amor que tenho, é o amor
que devia ter em mim mesmo.
E nem nisso sou suficiente.