Nunca tive tão certo na vida como neste momento: não tenho ninguém. Especificamente nesta batalha – nesta que carrego sozinho, por duas pessoas.
Não digo que não exista quem me
queira ajudar, pelo contrário, mas não o podem fazer. Estou aqui. Sozinho. No cenário
mais assustador pelo qual já passei.
Outra vez.
E estou sozinho. E custa. E dói.
E mete medo. E faz-me perceber que não tenho ninguém.
Esta cidade engole-me, a
escuridão das ruas persegue-se. Em meu redor, multidões atarefadas, submersas
na sua própria vida – a banda sonora da minha solidão é a sua gargalhada.
Estou apavorado. Estou
desesperado. Estou sufocado. Sem respostas. E sem nenhum ombro para me apoiar.
Percorro estes caminhos, que
pouco conheço, distraindo-me, novamente, de trivialidades que eventualmente se
esgotam e depois? Sozinho. Uma e outra vez. Sempre assim. E só quero que isto
passe.
Como foi que disseste no outro
dia?
“A mãe não se aguenta. Fui forte
no outro, neste não consigo.”
Yap…